Casa Mário de Andrade
29 DE maio DE 2015

Este é o ano do escritor Mário de Andrade. Além de homenagem durante a Festa Literária de Paraty (Flip), o sobrado onde morou, na Barra Funda, em São Paulo (SP), foi reaberto ao público, como Casa Mário de Andrade.
Após passar por processo de conservação, a residência da rua Lopes Chaves, 546 hospedará a exposição permanente “A Morada do Coração Partido”, em celebração ao 70º aniversário da morte do escritor. O acervo conta com cartas inéditas e curiosidades como os óculos, a pasta de couro, o suporte de mata-borrão e a espátula de casca de tartaruga, além da escrivaninha do poeta.
A casa também ganhará galpão de 200 metros quadrados, com capacidade para 150 pessoas, onde poderão ser exibidos filmes, peças, espetáculos e shows. Além disso, o espaço contará com atividades regulares.
Para os padrões de hoje, a casa não é tão pequena, mas nos anos 1920 ela era uma construção típica de famílias de poucas posses. O local, quando tombado – em 1975, em esfera estadual, e em 1991, em esfera municipal –, tinha como objetivo inicial ser transformado em uma casa-museu. No entanto, os móveis originais e outros pertences do escritor foram doados, impedindo a realização do projeto.
A relação de Mário com sua casa era umbilical. Ele era sua casa e ela, extensão de seu corpo e temperamento. Ele sempre a celebrou em seus poemas, crônicas, cartas e contos. “A minha casa me defende, que sou, por mim, muito desprovido de defesas. E sobretudo a minha casa me moraliza, no mais vasto sentido desta palavra”, confessou em uma carta.
Inspirado em uma revista alemã de arte e decoração, Mário desenhou ele mesmo os móveis de seu escritório, feitos pelo Liceu de Artes e Ofícios em madeira de lei.
Fez o mesmo com as estantes necessárias para abrigar sua enorme biblioteca. Estantes sólidas, de imbuia, com proteção de vidro nas prateleiras para evitar a exposição das obras. À medida que a biblioteca se expandia, as paredes iam sendo tomadas pelas estantes, que acabaram por se impor na casa toda. Os livros estavam distribuídos em seis salas, designadas pelas letras do alfabeto. Mário criou assim um sistema de catalogação que possibilitava a sua incorporação permanente.
O escritor colecionava também obras de arte – desenho, gravura, pintura –, partituras e imagens sacras. Apesar dos meios modestos de que dispunha, provenientes de seu trabalho como professor de música, jornalista e escritor, Mário acumulou acervo considerável e valioso.
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