Léo Cunha e a literatura infantil invadiram a BSP!
10 DE abril DE 2024A edição de abril do Segundas Intenções da Biblioteca de São Paulo recebeu o escritor Léo Cunha, que nas duas horas de bate-papo com o anfitrião Manuel da Costa Pinto compartilhou com público presente sua história de vida e de carreira. O encontro aconteceu no último sábado (6).
O convidado começou se apresentando, contou como o contexto onde cresceu influenciou sua formação como leitor e escritor. Léo Cunha, que nasceu em Bocaiúva, no interior de Minas Gerais, se mudou ainda muito criança para Belo Horizonte, "me considero belo-horizontino", salientou, esteve desde sempre em um ambiente cheio de livros, autores e autoras que frequentavam a livraria que pertencia à sua mãe. "Eram de duas a três tardes por semana naquele espaço", contou. Graças à essa vivência tomou gosto pela leitura e pela escrita. Como principais influências literárias, Léo Cunha mencionou Orígenes Lessa, Ana Maria Machado e João Carlos Marinho.
Com mais de 70 livros publicados, o escritor publicou seu primeiro livro, Pela estrada afora, no início da década de 90 após vencer um concurso literário. Antes da conversa se encaminhar para questões mais profundas sobre a produção e obra do autor, Léo Cunha contou um pouco sobre sua formação e atuação profissional. O escritor começou o ensino superior com uma graduação em economia, abandonada ainda em meados da década de 80. Lado a lado do início da carreira como escritor se formou como jornalista e publicitário quase que simultaneamente pela PUC-Minas. Trabalhou em agências publicitárias mas confidenciou não ter se sentido atraído pela rotina de trabalho, optando pela carreira acadêmica, tendo sido professor universitário por mais de duas décadas.
Falou com destaque sobre o processo de produção do livro Um dia, um rio, obra infantil que aborda o crime ambiental que abalou a Bacia do Rio Doce, em 2015. O autor compartilhou com o público como funcionou o processo de escrita do livro e se deu a complementaridade do texto com as ilustrações de André Neves. Léo Cunha também revelou como seu processo criativo e de inspiração pode não ser nada linear, durando até anos desde o primeiro insight até a materialização de uma obra e leu alguns trechos de seus escritos durante o bate-papo.
O público presente também participou ativamente com muitas perguntas e contribuições ao longo do encontro, dando ainda mais vida ao evento. Por fim, o autor discutiu a sua produção de crônicas encerrando o encontro com mais reflexões sobre sua produção textual.
A Biblioteca de São Paulo recebe em maio o escritor Rodrigo Casarin para mais uma edição do Segundas Intenções, no dia 11, às 15h. Para assistir na íntegra essa e outras edições do programa acesse o canal da BSP no Youtube.