Livro favorito dos escritores
11 DE maio DE 2015Atualizada sempre às segundas e quintas-feiras no YouTube, o escritor Marcelino Freire foi o primeiro convidado da série:
https://www.youtube.com/watch?v=oasqIUPY1Mg
Para chegar à lista dos autores que seriam entrevistados, Barros usou as próprias referências e preferências como critério inicial. Houve também a preocupação de montar um painel significativo da literatura contemporânea em língua portuguesa. Além de Marcelino, a lista é composta por Milton Hatoum, Bernardo Carvalho, Sérgio SantAnna, Lourenço Mutarelli, Luiz Ruffato, Valter Hugo Mãe, André de Leones e Noemi Jaffe, entre outros.
"Claro que ainda há muitos escritores relevantes a serem entrevistados e uma enorme diversidade a ser explorada. É por isso que já estamos preparando uma segunda temporada", comenta o idealizador. Ela terá o mesmo número de autores - entre eles estará Ignácio de Loyola Brandão - e tem estreia prevista para setembro.
Barros idealizou o Livro de Cabeceira primeiro por motivação pessoal - ele sempre gostou de literatura e queria criar um programa que pudesse gostar de assistir. "Eu também tinha vontade de tratar de literatura de qualidade, mas de um jeito acessível e descontraído. No lugar do academicismo, o olhar pessoal. Em vez do rigor da crítica, o prazer da leitura. Pensar em explorar o lado leitor dos escritores foi uma consequência natural dessas premissas", explica.
Para completar, o programa poderia ajudar os leitores a descobrirem livros. E isso, antes mesmo da estreia, já está acontecendo. Um dia, Barros chegou à Cartola e viu um exemplar de O Jogo da Amarelinha na mesa da pessoa que havia editado, na semana anterior, um episódio em que o autor falava justamente sobre o livro de Julio Cortázar. "Antes disso, ela nunca tinha lido nada do escritor argentino. Quando vi aquele livro ali, percebi que estávamos no caminho certo", conta - ele também beneficiado com seu programa. Dos 21 livros abordados - era para ser 20, mas um dos convidados não conseguiu focar num único título - Barros não tinha lido 9 nem ouvido falar de 2. "Mas o que eu mais tive vontade de ler foi Badenheim 1939, de Aharon Appelfeld."
A iniciativa continua nas redes sociais - agora, com o apoio de editoras como Companhia das Letras Record, Cosac Naify, Alfaguara, Estação Liberdade, Amarilys, Ateliê e Nova Fronteira. Semanalmente, haverá concursos culturais com perguntas relacionadas ao universo literário. Ao vencedor, livros, claro.
Fonte: O Estado de S.Paulo