Morre Manoel de Barros
13 DE novembro DE 2014
O poeta sul-mato-grossense Manoel de Barros morreu na manhã desta quinta-feira (13/10), aos 97 anos, devido a falência múltipla dos órgãos. Ele estava internado havia duas semanas e, durante esse período, passou por uma cirurgia no intestino.
Além de escritor, Barros também era advogado e fazendeiro. Nasceu em Cuiabá, em 19 de dezembro de 1916, e era um dos mais aclamado poetas brasileiros do meio literário. Enquanto ainda escrevia, Carlos Drummond de Andrade recusou o título de maior poeta vivo do Brasil em favor de Manoel de Barros. Sua obra mais conhecida é o Livro sobre nada (1996).
O primeiro livro de Barros, Poemas concebidos sem pecado, foi publicado em 1937. Seu último volume, Escritos em verbal de ave, saiu em 2011. Sua obra encontra-se disponível em Portugal, Espanha, França e Estados Unidos. Em novembro do ano passado, a Editora LeYa lançou a obra completa do poeta, em 18 volumes, com o título de A biblioteca de Manoel de Barros.
Em 1989, ganhou o Prêmio Jabuti de Literatura, na categoria Poesia, com O guardador de águas. O feito se repetiu em 2002, na categoria livro de ficção, com O fazedor de amanhecer. Em 2000, foi laureado com o Prêmio Academia Brasileira de Letras, com o livro Exercício de ser criança. Em 1998, recebeu o Prêmio Nacional de Literatura do Ministério da Cultura pelo conjunto do seu trabalho.
Confira os dez melhores poemas de Manoel de Barros pela curadoria da Revista Bula e veja também os livros do poeta na BSP:
Compêndio para uso dos pássaros
O Compêndio para uso dos pássaros, de 1960, é seu primeiro livro premiado: recebeu o Prêmio Orlando Dantas, do então prestigiado jornal Diário de Notícias. A obra mantém constante a utilização de imagens repletas de sensorialidade e o uso de construções linguísticas inovadoras.
Gramática expositiva do chão
Editado pela primeira vez em 1966, o livro recebeu Prêmio Nacional de Poesias e também o da Fundação Cultural do Distrito Federal, chamando a atenção de literatos e intelectuais - embora o reconhecimento mais amplo do poeta tenha vindo mais tarde.
Escritos em verbal de ave
Nesta obra, o autor retrata a morte de um de seus personagens, Bernardo. O personagem é protagonista de diversos de seus poemas anteriores, como O guardador de águas, Livro de pré-coisas e Menino do mato.
Memórias inventadas: as infâncias de Manoel de Barros
Às vésperas dos 90 anos, Manoel de Barros descobre, mais do que descreve, sua mocidade, tempo em que a natureza ganha contornos mais eróticos e as palavras ficam mais desordeiras.
Poesia completa
Reconhecendo o valor e a importância de um dos mais destacados poetas brasileiros, Manoel de Barros, a LeYa publica a joia Poesia completa em formato brochura para os apreciadores dos versos simples e carregados de sentido. O livro conta com um poema inédito.
Menino do mato
O livro são 96 páginas de lirismo e leveza nas quais o leitor reencontra a poesia de Manoel de Barros. A segunda parte é composta em grande parte por versos curtos, mas tão intensos em imagens e significados quanto os poemas presentes na primeira metade.
Livro sobre nada
Para falar sobre o nada, este livro de Manoel de Barros, evidencia a primeira pessoa; seja quando o poema deixa falar o 'eu poético', seja quando o poeta cita seus próprios versos de obras anteriores, ou quando o nome próprio do autor assinala em 'idioleto manoelês archaico’.
Tratado geral das grandezas do ínfimo
Manoel de Barros nos convida para uma viagem através de um voo pelas belezas do Pantanal e de sua lírica, o poeta pantaneiro trata de coisas pequenas e desimportantes, as mais importantes para ele, na verdade.
Ensaios fotográficos
Manoel de Barros mistura árvores e Bach, une Maiakovski a pássaros, mescla Shakespeare e Buson aos pequenos seres manoelinos, combina Rabelais com as pedras. O poeta usa a ideia da imagem e da fotografia na busca do instante-nada das coisas, encarna um fotógrafo que retrata o silêncio, o perfume, o vento.
Poeminha em língua de brincar
Manoel de Barros se une à artista plástica Martha Barros, numa dobradinha familiar. É a própria filha do escritor a responsável por transformar seus versos em imagens, levando o trabalho do poeta do pantanal ao público infantil.
Poeminhas pescados numa fala de João
Apaixonada pela poesia de Manoel de Barros, a ilustradora mineira Ana Raquel transforma versos em imagens, levando o trabalho do poeta do pantanal ao público infantil. Este livro traz vários poemas de Manoel, ilustrados por Ana Raquel.
Cantigas por um passarinho à toa
Em parceria com a artista plástica Martha Barros, seus versos são transformados em imagens, levando o trabalho do poeta do pantanal ao público infantil. Os versos ganham forma, força e cor no traço da ilustradora.
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