O Teatro e os Modernistas
18 DE março DE 2022
É muito comum associar a Semana de Arte Moderna de 1922 à música e à literatura. Mas onde fica o teatro nesse cenário de busca por talentos e trabalhos inovadores? Quem dá a resposta para o questionamento acima é a professora de Artes Cênicas da Unicamp, Larissa de Oliveira Neves, na oficina on-line O Teatro e os Modernistas, realizada entre os dias 15 e 24 de março.
Dividida em quatro aulas, a atividade começou com a análise de como as peças aconteciam na década de 1920: cenários exuberantes, números cômicos, muita música e dança, prevalecendo os estilos de teatro de revista, as operetas e as burletas. Os textos satirizavam o cotidiano e tudo era muito grandioso, ensaiado e construído para entreter o público. Ou seja, uma arte popular, admirada e presente no dia a dia das pessoas. “O motivo da ausência está no fato de que o teatro está diretamente ligado à literatura. Se os textos modernistas começaram a ser produzidos somente a partir da semana de 22, é natural que o teatro ainda não utilizasse essa linguagem”, destaca Larissa.
Por outro lado, o teatro não passou totalmente despercebido pelos modernistas. Companhias europeias, que já utilizavam a nova linguagem cenográfica, passaram pelo país, mas foram recebidos sem grande entusiasmo por parte do público. O olhar de artistas e escritores brasileiros acostumados a visitar países europeus foi o propulsor para a mudança, que aconteceu de forma gradativa e com o ajuda de alguns entusiastas, como Alcântara Machado, Mário e Oswald de Andrade. “Tivemos algumas tentativas pelo caminho, como a peça A última encarnação de Fausto, mas ela ficou apenas três dias em cartaz por conta da rejeição do público”, lembra a professora.
Na aula seguinte, os participantes conheceram algumas características do teatro moderno, como o uso de luz, cenografia, improvisação, pesquisa de atuação por parte dos atores e a presença de um diretor de cena, orquestrando o conjunto da obra. Para os próximos encontros está programada a leitura de alguns textos, como trechos de crônicas de Alcântara Machado; o Rei da Vela, de Oswald de Andrade; e Café, de Mario de Andrade, além de parte do livro O Dia Perdido, escrito por Larissa. No encerramento, os alunos receberão dicas para produzir um texto teatral.
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