Perfil BSP: Conheça Lia Rosenberg
04 DE novembro DE 2011Quando recebeu o convite para ser diretora-executiva da SP Leituras, Organização Social de Cultura que cuida da Biblioteca de São Paulo, Lia Rosenberg ainda não conhecia a biblioteca. “Foi amor à primeira vista. Cheguei mansa, fiz a carteirinha, fui andando por ali, extasiada, tonta de felicidade. Olhava pra cima, via aqueles aviões maravilhosos, uma ideia sensacional muito bem realizada. Olhava em volta, era aquele monte de criança concentrada nos computadores, com aquelas carinhas de público-alvo”, diz ela com brilho nos olhos.
Lia é formada em Pedagogia pela Universidade de São Paulo (USP), com mestrado na Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo. Foi pesquisadora na Fundação Carlos Chagas, diretora na Abril Educação e no Cenafor/Mec, consultora do Banco Mundial e da Unesco, entre outras atividades na área da Educação.
É autora do Programa Alfa, coordenado por Ana Maria Poppovic; publicou a premiada tese Educação e Desigualdade Social; escreveu livros didáticos, paradidáticos, artigos em revistas e jornais; fez muitas palestras pelo Brasil afora. Desenvolveu trabalhos conjuntos com um grupo da Stanford University e outro da Universidade de Jerusalém. “Não passei vergonha em nenhum deles”, esclarece, com seu permanente bom humor. Em 2006, em parceria com seu neto Davi, escreveu O Especialista em Dinossauros, livro infantil, editado pela Formato.
“Vejo a Biblioteca de São Paulo como um equipamento de inclusão social, pela porta da cultura, com ênfase na leitura. Muito mais do que o antigo conceito de biblioteca faz pensar. É um espaço de acolhimento de uma população excluída, para oferecer ferramentas de superação de uma condição social complicada”, afirma. Sobre o desafio de dirigir a SP Leituras, Lia mostra-se segura: “Penso que me preparei para isso a vida inteira, foram muitas experiências profissionais e de vida. De tudo que eu fiz, me vêm muitas ideias do que fazer e como orientar o processo para alcançar os objetivos que a Secretaria da Cultura colocou para nós”.
“O país precisa da contribuição intelectual de pessoas com as mais diferentes bagagens de vida, para chegar a ser uma sociedade mais justa e com mais vantagens na competição global. Se a gente deixar a população pobre, maioria dos brasileiros, fora desse projeto, vai ser mais difícil avançar e competir.”
Quer saber como é a relação de Lia com os livros? Leia o artigo Os livros da minha vida.