“Se um livro não mexer com os leitores não tem razão para existir”, diz Laurentino Gomes
12 DE julho DE 2022
A história sempre foi uma paixão do jornalista Laurentino Gomes, mas sua entrada para o rol dos maiores escritores do país, com mais de três milhões e meio de exemplares vendidos e vencedor do prêmio Jabuti por sete vezes, aconteceu meio por acaso. Trabalhando na época como editor executivo da revista Veja, recebeu a missão de tocar junto com outros profissionais uma série sobre a história do Brasil para ser entregue como brinde aos assinantes. Após do projeto ser cancelado, Laurentino resolveu tocá-lo por conta própria, o que resultou na trilogia sobre a transformação do Brasil colônia em república, com os livros 1808, 1822 e 1889.
Apesar da mudança radical na carreira, o escritor conta que nunca deixou de ser repórter, já que suas obras são classificadas como livro-reportagem. Também não se considera o inventor de livros de conteúdo acadêmico com linguagem acessível, já que a categoria tem bons antecedentes. “Alguns escritores já faziam isso com muita propriedade, como o Fernando Morais, com o Chatô e Olga, o Drauzio Varella, a Ana Beatriz Barbosa Silva, o Marcelo Gleiser, entre outros”.
Ao iniciar 1808, Laurentino já tinha os outros dois títulos futuros planejados, porém o sucesso com o primeiro livro virou um peso, o que fez recorrer à terapia para conseguir continuar a escrever com leveza e liberdade. O bate-papo, mediado pelo jornalista Manuel da Costa Pinto, também abordou a nova trilogia do escritor: Escravidão. Os três livros traçam a trajetória da escravidão no Brasil, que começa com a análise do tema desde os seus primórdios no mundo e segue com a descrição dos fatos até a Lei Áurea. “Esse percurso é muito interessante porque mostra que essa é a primeira vez que a escravidão, algo que sempre existiu, é associada à cor da pele. Antes era algo restrito aos inimigos de determinados povos”, destaca o jornalista.
Para explicar as nuances e as complexidades que permeiam o assunto, Laurentino comentou o conteúdo de cada livro da sua trilogia, sempre destacando a importância de saber o que aconteceu no passado para entender o Brasil de agora. Também falou sobre seus planos futuros, a relevância das datas históricas, a semântica racista e a relação com o racismo estrutural da atualidade.
A íntegra da entrevista com o escritor pode ser vista na página do Facebook da BSP.
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